Entrevista Ricardo Cadar - Biometria facial como alternativa em segurança sanitária - Biomtech

Entrevista Ricardo Cadar – Biometria facial como alternativa em segurança sanitária

Executivo de empresa mineira aposta no crescimento do uso de tecnologias que dispensam contato físico ou toque para seu funcionamento durante e após a pandemia

Quando em 2013 a tecnologia de reconhecimento facial parecia algo de filme de ficção científica, uma empresa brasileira se tornava a primeira do mundo a produzir fechadura com este recurso. Três anos depois, desta vez sob o controle de um grupo mineiro, a expectativa era de que o dispositivo fosse cada vez mais comum, e até mesmo imprescindível, no nosso dia a dia.

E não deu outra. Hoje, a Biomtech,

com sede em Belo Horizonte, que oferece serviços de solução tecnológica em biometria facial para acesso automatizado, viu os negócios expandirem nestes tempos de pandemia de coronavírus.

Segundo o CEO da empresa, Ricardo Cadar, condomínios, residenciais, escolas e hospitais estão cada vez mais substituindo cartões, chaves eletrônicas e até mesmo a biometria digital pelo dispositivo que faz a leitura facial. Isso porque a sobrevida do vírus é longa e uma das principais formas de disseminação é pelo contato com superfícies ou objetos de uso comum contaminados.

Nesta entrevista ao JORNAL DA CIDADE, o executivo conta detalhes e diferenciais do empreendimento, revela os benefícios da tecnologia e como ela pode ser uma alternativa em segurança sanitária.

Desde quando existe a biometria facial e como a empresa entrou nesse mercado?

Fomos a primeira empresa do mundo a produzir fechaduras com reconhecimento facial. Isso foi em 2013, quando essa tecnologia era imaginada apenas em filmes de ficção científica. A empresa, munida de muito conhecimento técnico, se desdobrou para produzir uma tecnologia segura e que fosse acessível para ser inserida no dia a dia das pessoas. Então acompanhamos a evolução do mercado, desenvolvendo soluções como controles de acesso e de ponto mais robustos. Em 2016, quando a Apple lançou sua versão do smartphone com o desbloqueio de tela por tecnologia facial, obviamente seguida pelas demais concorrentes, foi que a tecnologia de reconhecimento facial ficou conhecida em todo o mundo e se popularizou.

A biometria facial é indicada para quais tipos de empreendimentos?

Para qualquer lugar que precisa de controle de acesso ou de uma verificação se a pessoa que está em frente ao equipamento é ela mesma, sem a possibilidade de fraudes. A biometria facial tem sido cada vez mais procurada por condomínios verticais, residenciais e comerciais; hospitais; indústrias; instituições financeiras, escolas e faculdades públicas e privadas para troca do modelo de acesso convencional, seja por cartão ou biometria digital, com múltiplas possibilidades.

Quais benefícios esta tecnologia oferece?

Este sistema é completamente antifraude, rápido e sanitariamente seguro, porque não é preciso ter contato físico. Além disso, é de fácil e rápida instalação e pode ser adaptado em qualquer lugar desde que tenha somente um ponto de energia já que os nossos equipamentos já vêm dotados de wi-fi.

Com a pandemia, o sistema tem sido mais procurado?

Sem dúvidas. A segurança antifraude agora se soma à segurança sanitária, por não trazer risco de contaminação. É notório que uma das principais formas de disseminação do vírus é pelo contato com superfícies ou objetos de uso comum contaminados, sejam eles cartões, chaves eletrônicas, catracas e mais ainda pelo toque dos dedos na biometria digital. A sobrevida do vírus em superfícies pode variar de horas até dias, o que reforça a importância de soluções tecnológicas que dispensem a necessidade constante de limpeza ou que não necessitem do toque para seu funcionamento.

Especialistas dizem que existe a probabilidade de passarmos por quarentenas esporádicas e, além disso, todo esse cenário trouxe uma mudança cultural de comportamento social. Ninguém mais vai querer ficar passando o dedo onde uma outra pessoa acabou de passar, seja para acessar um edifício ou mesmo para bater o ponto no seu local de trabalho.

Como o cadastro biométrico da pessoa é feito?

Por fotografia. O sistema cadastra uma fotografia da pessoa que terá o acesso liberado. O sistema fará a geometria facial da pessoa e ela será reconhecida automaticamente, mesmo estando maquiada, de óculos, de barba ou até mesmo usando máscara facial de proteção contra o coronavírus. É importante salientar que o sistema não reconhece fotografia ou tela de celular, dando assim, uma segurança completa para o usuário.

Essas informações ficam seguras?

A nossa empresa está totalmente de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e impede que os dados cadastrados no sistema sejam compartilhados para outras situações. O dado transita de forma criptografada, com absoluta segurança.

Quais produtos a Biomtech oferece?

Oferecemos soluções completas de reconhecimento facial que vão desde os equipamentos em si, bem como softwares e aplicativos. A empresa ou pessoa interessada entra em contato conosco e nossa equipe avalia as soluções ideais para cada caso. Temos clientes da área educacional em que os pais ou responsáveis podem receber uma mensagem no aplicativo informando o horário exato de entrada e saída do aluno da escola. Também na área escolar, somente aqueles pais e responsáveis estarão autorizados a retirar as crianças nas escolas porque serão identificados por reconhecimento facial. Nas indústrias, o controle de ponto dos funcionários, bem como o controle de acesso, já é feito com nossas soluções. Para condomínios, temos soluções de acesso de forma prática, rápida e segura.

FOTO / Divulgação JC / Biomtech

Fonte: Jornal da Cidade BH

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